Estado define novas medidas para monitorar áreas afetadas pela Braskem
22/10/25
By:
Redação
As novas medidas têm como objetivo aprimorar o controle e a precisão do monitoramento do solo nas regiões afetadas

O governo de Alagoas, em conjunto com órgãos federais e municipais, definiu novas medidas para reforçar o monitoramento das áreas afetadas pela extração de sal-gema da Braskem, em Maceió. A decisão foi resultado de uma reunião entre o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL), a Defensoria Pública da União (DPU), a Defesa Civil Nacional, a Defesa Civil de Maceió, o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) e representantes da Braskem.
Entre as principais deliberações está a proposta de prorrogar por mais cinco anos o funcionamento do Comitê de Acompanhamento Técnico (CAT), responsável por fiscalizar as áreas de risco. O comitê passará por mudanças: a Braskem deixará de ser membro titular e atuará apenas como ouvinte e financiadora, enquanto o SGB/CPRM será incluído como membro pleno, reforçando a participação técnica e a transparência das ações. Também foi definido o envio de ofícios a pesquisadores responsáveis por relatórios independentes para esclarecer as metodologias utilizadas, além da solicitação de parecer técnico à Defesa Civil de Maceió sobre o conteúdo desses estudos no prazo de 15 dias.
As novas medidas têm como objetivo aprimorar o controle e a precisão do monitoramento do solo nas regiões afetadas, como os bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, onde estão instalados sensores, câmeras e estações meteorológicas que acompanham a movimentação do terreno.
De acordo com as instituições envolvidas, as ações visam consolidar um modelo de fiscalização contínua, baseado em dados técnicos e aberto à participação pública. Embora os avanços sejam considerados significativos, especialistas alertam que o processo de estabilização completa da região pode levar décadas e exigirá intervenções estruturais, como o fechamento definitivo dos poços de sal-gema e o preenchimento das cavidades subterrâneas.
Em nota conjunta, os órgãos públicos afirmaram que continuarão acompanhando o cumprimento das obrigações da Braskem e reforçaram o compromisso com relatórios periódicos, auditorias independentes e maior transparência no diálogo com a população.
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