Kel Ferreti é denunciado por esquema de rifas ilegais em Maceió
06/10/25
By:
Redação
Segundo o MPAL, o sorteio favorecia membros do esquema em detrimento dos participantes, além de ofertar “jogos do tigrinho” e outras apostas ilegais

O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), denunciou o influenciador digital Kleverton Pinheiro de Oliveira, mais conhecido como Kel Ferreti, como líder de uma organização criminosa envolvida na prática de rifas ilegais, jogos de azar online, manipulação de sorteios e lavagem de dinheiro.
A denúncia, apresentada em 9 de junho de 2025, envolve oito pessoas suspeitas de integrar o esquema, que começou a ser investigado na Operação Trapaça, deflagrada em dezembro de 2024. Segundo o MPAL, o grupo promovia rifas supostamente manipuladas, cujo sorteio favorecia membros do esquema em detrimento dos participantes, além de ofertar “jogos do tigrinho” (cassino virtual “Fortune Tiger”) e outras apostas ilegais.
Conforme apuração, entre janeiro e abril de 2024, o esquema teria movimentado aproximadamente R$ 33,7 milhões. Nessa mesma janela de tempo, a influenciadora Laís Oliveira — também denunciada — teria recebido cerca de R$ 1 milhão de uma das empresas ligadas a Ferreti, enquanto seu marido, o criador de conteúdo Eduardo Veloso, teria recebido aproximadamente R$ 456 mil.
Para Kel Ferreti, o MP exige pena de 77 anos e 5 meses de prisão, enquanto para os demais sete acusados o total requerido ultrapassa 177 anos, o que eleva a soma das penas solicitadas para todos os denunciados a cerca de 254 anos e 7 meses.
Ferreti está preso desde 4 de dezembro de 2024, quando foi detido em Maceió no âmbito da Operação Trapaça. Na ocasião, foram apreendidos com ele joias, telefones celulares, aproximadamente R$ 20 mil em espécie e outros bens. Ele também responde criminalmente por outro caso grave: em 2024, ele foi denunciado por estupro, por agressões que teriam ocorrido em uma pousada em Maceió, o que já resultou em condenação em primeira instância.
A denúncia aponta que Kel Ferreti e seus associados utilizavam perfis de influenciadores digitais para promover rifas e sorteios, fazendo promessas de prêmios altos, estilo de vida de luxo e ganhos rápidos — práticas que, segundo o MP, criavam uma ilusão para atrair vítimas. Também há indícios do uso de “laranjas” para ocultar patrimônio, inclusive veículos de luxo registrados em nome de terceiros.
A defesa de Kel Ferreti contesta as alegações, afirmando que ele não seria proprietário das plataformas de apostas, que sua atuação se restringiria à divulgação, e que irá recorrer da decisão.
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