Mata Atlântica perde 2,4 milhões de hectares em 40 anos, aponta MapBiomas
30/10/25
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Bioma mais degradado do país mantém apenas 31% da vegetação natural

A Mata Atlântica perdeu 2,4 milhões de hectares de florestas nas últimas quatro décadas, o equivalente a uma redução de 8,1% da área registrada no início da série histórica. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (28) pelo MapBiomas, que aponta que o bioma mais degradado do país mantém apenas 31% de sua vegetação natural.
Segundo o levantamento, metade do desmatamento recente atinge florestas com mais de 40 anos, o que ameaça áreas de alta biodiversidade e grande estoque de carbono. “A vegetação natural da Mata Atlântica foi suprimida para abrir espaço para atividades humanas desde o início da colonização. Em 1985, o bioma tinha apenas 27% de sua área florestal original”, afirma Natalia Crusco, da equipe do MapBiomas.
“De lá para cá, o ritmo de desmatamento foi diferente em cada uma das quatro décadas até 2024. Depois da promulgação da Lei da Mata Atlântica é possível notar, inclusive, um ligeiro aumento na área florestada do bioma”, acrescenta.
Apesar da desaceleração, os últimos cinco anos registraram 190 mil hectares desmatados por ano. A agricultura continua sendo o principal vetor da perda florestal: o cultivo agrícola quase dobrou desde 1985, ocupando um terço do território do bioma. As lavouras de soja (343%), cana-de-açúcar (256%) e café (105%) lideram o crescimento, enquanto as pastagens diminuíram 8,5 milhões de hectares.
A silvicultura também avançou, quintuplicando em 40 anos e respondendo por mais da metade da atividade no país. Já o crescimento urbano dobrou no mesmo período: 77% dos municípios ampliaram suas áreas urbanizadas, embora mais de 80% ainda tenham menos de mil hectares de zona urbana. Apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba ultrapassam 30 mil hectares de área construída.
Fonte: 082 Notícias
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