Ministério da Saúde confirma 113 registros de intoxicação por metanol
04/10/25
By:
Redação
Do total de notificações, 12 resultaram em óbitos

O Ministério da Saúde confirmou, até as 16h desta sexta-feira (3 de outubro de 2025), 113 registros de intoxicação por metanol no Brasil decorrentes da ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas — destes, 11 são casos já confirmados e 102 ainda estão em investigação.
A maior parte dos casos (101) concentra-se no estado de São Paulo, com 11 confirmações e 90 em apuração. Os demais registros suspeitos se distribuem entre Pernambuco (6 casos), Bahia (2), Distrito Federal (2), Paraná (1) e Mato Grosso do Sul (1).
Do total de notificações, 12 resultaram em óbitos — um deles já confirmado em São Paulo e os outros 11 em investigação: 8 no estado de São Paulo, 1 em Pernambuco, 1 na Bahia e 1 no Mato Grosso do Sul. Como forma de resposta ao surto, o Ministério da Saúde, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), adquiriu 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico (antídoto usado no tratamento de intoxicação por metanol) e já trabalha na compra de mais 150 mil ampolas, o que corresponde a cerca de 5 mil tratamentos para reforçar o estoque do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, o governo pediu à Anvisa um chamamento internacional junto às maiores agências reguladoras do mundo (entre elas da Argentina, México, União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido, China, Japão, Canadá, Suíça e Austrália) para monitoramento de casos e possível auxílio. Também foram feitas solicitações de doações e cotações para a aquisição do antídoto fomepizol junto a instituições e empresas na Índia, Estados Unidos e Portugal, e à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Para agilizar a vigilância e controle, o Ministério determinou que estados e municípios notifiquem imediatamente todas as suspeitas de intoxicação por metanol, e instituiu uma sala de situação de caráter extraordinário para acompanhamento contínuo dos casos enquanto perdurar o risco sanitário.
Especialistas alertam que o metanol é altamente tóxico: no organismo humano, ele é metabolizado em formaldeído e ácido fórmico, substâncias que podem provocar lesões nos nervos ópticos e cegueira irreversível, além de insuficiência renal, acidose grave e risco de morte.
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