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Impacto do Jubileu: Um encontro histórico de jovens, fé e esperança na Itália

  • Foto do escritor: Renata Bueno
    Renata Bueno
  • 5 de ago.
  • 3 min de leitura
No último fim de semana, tive a honra de acompanhar, ainda que à distância, um dos eventos mais marcantes do calendário católico: o Jubileu dos Jovens, parte do Jubileu 2025. Como ex-parlamentar italiana, advogada internacional e alguém conectada às raízes ítalo-brasileiras, quero compartilhar minha visão sobre a relevância desse encontro, que reuniu mais de 1 milhão de jovens de 146 países em Tor Vergata, em Roma. O evento, que celebrou os 25 anos do Ano Santo da Igreja Católica, foi um momento simbólico de renovação e de olhar para o futuro com confiança nas novas gerações.

Um chamado à comunhão global
Sob o lema “Peregrinos da Esperança”, jovens entre 18 e 35 anos, de todos os continentes, se reuniram para vivenciar a espiritualidade, buscar a indulgência plenária e celebrar a alegria da fé. A vigília e a missa campal transformaram o bairro da Universidade Tor Vergata em um espaço de energia vibrante, descrito pela imprensa italiana como um “Woodstock católico”, com música, dança e momentos de fraternidade.

Esse evento ultrapassa a esfera religiosa. Ele representa um movimento de união, protagonizado por uma juventude que deseja um mundo mais justo e solidário. Como alguém que sempre trabalhou pela integração entre Brasil e Itália, vejo no Jubileu uma chance única de promover valores universais. É um chamado para que os jovens assumam um papel ativo na construção de um mundo melhor.

Fé e modernidade em sintonia
O Jubileu 2025, iniciado em 24 de dezembro de 2024, trouxe inovações marcantes. Um exemplo foi a inclusão de eventos voltados para influenciadores digitais, mostrando como a evangelização pode dialogar com as redes sociais hoje, tão presentes na vida da juventude. Também impressionou a transformação do Circo Máximo em um grande espaço de confissão ao ar livre, com mais de mil sacerdotes atendendo em dez idiomas, uma bela síntese entre tradição e contemporaneidade.

Como ex-aluna da Universidade de Roma Tor Vergata, onde cursei mestrado e doutorado, tenho um vínculo especial com o local da vigília. Esse espaço, que também sediou a Jornada Mundial da Juventude em 2000, volta a ser cenário de encontro e transformação, reafirmando a missão da Igreja de dialogar com as novas gerações.

O protagonismo jovem
Durante a vigília, o Papa Leão XIV, o primeiro papa americano, declarou: “Meus jovens irmãos e irmãs, sois o sinal de que é possível um mundo diferente, um mundo de fraternidade e amizade, onde os conflitos não se resolvem com armas, mas com diálogo”. Essa mensagem ecoa os princípios que defendi durante meu mandato parlamentar (2013–2018), com foco na integração das comunidades ítalo-brasileiras e na promoção da justiça social.

Fiquei emocionada ao saber da participação de milhares de brasileiros que, apesar das dificuldades financeiras, cruzaram o Atlântico para estar em Roma. A participação de jovens vindos de regiões em conflito, como Gaza e Ucrânia, reforçou a ideia de que a fé, independentemente da crença individual, pode ser uma poderosa ferramenta de resiliência e transformação.

Solidariedade diante dos desafios
Organizar o Jubileu dos Jovens foi uma tarefa grandiosa. Mais de 10 mil agentes trabalharam para garantir a segurança e o bem-estar dos participantes. Pequenos gestos, como a distribuição de água e o uso de pulverizadores para amenizar o calor, mostraram o cuidado com os peregrinos.

Mesmo com contratempos, como o golpe sofrido por um grupo de jovens brasileiros do Distrito Federal, que perdeu R$ 540 mil para uma agência de viagens, o espírito de solidariedade prevaleceu. Iniciativas espontâneas de arrecadação ajudaram a garantir que eles pudessem vivenciar o Jubileu. Essa mobilização reforça o poder da união em torno de um propósito comum.

O legado do Jubileu
Mais do que um evento, o Jubileu dos Jovens é um marco simbólico e inspirador. Como advogada e ex-parlamentar, acredito que a energia e o engajamento desses jovens podem contribuir para transformações concretas, desde a promoção da paz até o enfrentamento das desigualdades. O Jubileu mostra que, quando a fé caminha ao lado da ação, ela pode se tornar uma força positiva de mudança.

Roma seguirá recebendo peregrinos até 6 de janeiro de 2026, quando o Ano Santo será oficialmente encerrado. A expectativa é que 32 milhões de pessoas entre elas, cerca de 250 mil brasileiros passem pela cidade nesse período. O Jubileu 2025 é um convite à reflexão e ao engajamento: independentemente da idade ou da origem, todos podemos ser peregrinos da esperança.

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