BELÉM E MACAPÁ, COM SINAIS OPOSTOS, APONTAM QUE PARA O ELEITOR A PRIORIDADE PARA ELEGER UM PREFEITO É A QUALIDADE DA GESTÃO
- Bruno Soller
- 27 de out. de 2024
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Duas capitais do Norte do país, que tem entre si muitas semelhanças e formação cultural parecidas. Separadas pela Ilha do Marajó, Belém e Macapá mostraram para o Brasil o que é o mais importante para o eleitor na hora da decisão de seu voto para prefeito: a gestão local. Na capital amapaense, Dr. Furlan conseguiu a maior votação de um prefeito de capital, com 85% dos votos, 204.291 votos de um universo de 238.282 votantes que compareceram às urnas, mesmo tendo mais sete adversários na disputa. Já, na terra do Círio de Nazaré, Edmilson Rodrigues, que buscava seu quarto mandato como prefeito da cidade, amargou menos de 10% dos votos, sendo escorraçado de sua tentativa de reeleição, em uma disputa que seguiu para uma segunda volta.
Os sinais opostos passados por ambos os exemplos apenas reforçam que para o eleitor brasileiro, a primeira avaliação que é feita durante o processo eleitoral para os poderes locais é a qualidade da gestão vigente. A partir desse pontapé inicial, vêm as demais variáveis que vão dando complexidade ao voto. O prefeito macapaense enfrentou nada mais e nada menos do que a máquina estadual, comandada pelo governador Clécio Luís, hoje no Solidariedade, o líder do governo Lula, senador Randolfe Rodrigues e o mais forte de seus adversários Davi Alcolumbre, virtual próximo presidente do Senado Federal, cargo que deverá ocupar pela terceira vez. Vale dizer, que Furlan não declarou estar nem com Lula, nem com Bolsonaro, varrendo as discussões sobre polarização nacional na disputa.

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