Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira: Uma escolha de excelência e experiência
Renata Bueno
13 de mai.
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Atualizado: 14 de mai.
Por Renata Bueno – ex-parlamentar italiana, advogada e apaixonada por futebol
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou o nome do novo técnico da Seleção Brasileira: Carlo Ancelotti. Um dos treinadores mais consagrados da história do futebol, Ancelotti chega para comandar a equipe até a Copa do Mundo de 2026. Como alguém que sempre acompanhou o futebol de perto – seja das arquibancadas ou nos debates políticos e jurídicos ligados ao esporte –, confesso que a notícia me encheu de entusiasmo. E, como ítalo-brasileira, sinto um orgulho especial ao ver um técnico italiano de tamanha grandeza à frente da nossa amada Seleção. Que ele traga fortuna ao Brasil, como costumamos dizer na Itália.
A escolha da CBF, aguardada há meses, representa uma aposta clara em experiência, liderança e resultados. Ancelotti, que atualmente comanda o Real Madrid, terá sua primeira experiência à frente de uma seleção nacional justamente com o Brasil. Estreará nas Eliminatórias Sul-Americanas contra Equador e Paraguai, já em junho.
Grandes desafios
Reconhecido por sua habilidade em lidar com elencos estrelados e manter a harmonia no vestiário, Ancelotti parece talhado para o desafio brasileiro. Em uma seleção que reúne nomes como Neymar, Vinicius Junior e Rodrygo, saber gerir egos e expectativas é tão importante quanto tática e técnica. Seu estilo pragmático e sua flexibilidade tática podem ser a combinação ideal para transformar o talento individual em força coletiva.
Além disso, Ancelotti já tem forte conexão com diversos jogadores da Seleção. Casemiro, Éder Militão e especialmente Vini Jr. conhecem bem o treinador e seus métodos – uma vantagem importante para acelerar o processo de adaptação e assimilação de ideias.
Apesar de seu currículo brilhante, Ancelotti encontrará um cenário desafiador. A Seleção vive um momento de transição, após a saída de Tite e com a necessidade de renovar o elenco. Integrar jovens talentos com jogadores experientes será uma das missões mais delicadas.
E, claro, há a pressão constante. A Seleção Brasileira joga sempre para vencer, e o torcedor cobra resultados imediatos. Mas se há alguém acostumado a trabalhar sob pressão máxima, esse alguém é Carlo Ancelotti – forjado em clubes como Real Madrid, Milan, Chelsea e Bayern de Munique.
Nova era?
A chegada de Ancelotti indica que a CBF quer mais do que um técnico: deseja construir um projeto consistente, com visão de longo prazo rumo a 2026. Mais do que classificar a Seleção para a Copa, seu papel será formar um time competitivo, equilibrado e vencedor.
Como fã de futebol e admiradora do trabalho de Ancelotti, vejo essa escolha com otimismo. Ele é mais do que um técnico vitorioso – é um líder respeitado globalmente. Agora, o desafio é transformar essa reputação em resultados com a camisa amarela. E o primeiro teste será em junho. E o mundo do futebol estará atento.
Coração italiano e a paixão brasileira
Como alguém que carrega, com orgulho, o sangue italiano e a alma brasileira, vejo essa união com emoção e esperança. A tradição tática e estratégica do futebol italiano, aliada à criatividade e ao talento natural dos brasileiros, pode ser uma fórmula poderosa. E Ancelotti, que já brilhou em diferentes países, pode ser justamente o elo que faltava para unir o melhor desses dois mundos.
Na Itália, acredita-se que algumas pessoas trazem consigo a fortuna – não apenas sorte, mas uma aura vitoriosa. Que essa energia positiva acompanhe Ancelotti em sua jornada com a Seleção. Depois de 2002, o Brasil merece voltar a erguer a taça mais cobiçada do futebol mundial.
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