Maria, Maria: Um Hino à Força e à Fé na Vida das Mulheres
Regis Cavalcante
8 de mar.
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No dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, uma data que vai além de flores e mensagens de afeto. É um momento para refletir sobre as lutas, as conquistas e a resistência das mulheres ao longo da história. E não há forma mais poética e poderosa de lembrar essa data do que recorrer aos versos de Milton Nascimento em "Maria, Maria", uma canção que captura a essência da mulher brasileira e, por extensão, de todas as mulheres do mundo.
"Maria, Maria, é um dom, uma certa magia"– assim começa a música, evocando a força quase mística que as mulheres carregam consigo. Essa força não é apenas física, mas também emocional e espiritual. É a capacidade de transformar dor em alegria, de sorrir mesmo quando o mundo parece desabar. Maria, na música, representa todas as mulheres que, diante das adversidades, não se deixam abater. Elas são a personificação da resiliência.
"É preciso ter força, é preciso ter raça"– esses versos nos lembram que a jornada das mulheres nunca foi fácil. Desde os tempos em que eram relegadas ao espaço privado, sem direito ao voto, à educação ou ao trabalho, até os dias de hoje, quando ainda lutam por igualdade salarial, pelo fim da violência de gênero e pelo direito sobre seus próprios corpos, as mulheres sempre tiveram que ser fortes. A força de Maria é a força de todas as mulheres que, ao longo da história, desafiaram normas e romperam barreiras.
"Mistura a dor e a alegria"– a vida das mulheres é marcada por essa dualidade. São elas que, muitas vezes, carregam o peso das responsabilidades familiares, do trabalho e das expectativas sociais, mas também são elas que encontram motivos para celebrar a vida, para amar e para sonhar. A música nos lembra que, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, as mulheres encontram maneiras de transformar a dor em algo belo e significativo.
"É preciso ter sonho sempre" – esse verso é um chamado à esperança. As mulheres são, por natureza, sonhadoras. Sonham com um mundo mais justo, com oportunidades iguais, com o fim da violência e da discriminação. E é essa capacidade de sonhar que as mantém em movimento, lutando por um futuro melhor não apenas para si mesmas, mas para todas as gerações que virão.
Neste 8 de março, celebramos todas as Marias que existem no mundo. Mulheres que, com sua força, graça e determinação, transformam a realidade ao seu redor. Mulheres que, mesmo diante das dificuldades, nunca perdem a fé na vida. Que essa data seja não apenas um momento de homenagem, mas também de reflexão e compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as mulheres possam viver e amar "como outra qualquer do planeta",
Que a música de Milton Nascimento nos inspire a olhar para as mulheres com respeito, admiração e gratidão. Afinal, Maria, Maria não é apenas um nome – é um símbolo de resistência, de beleza e de esperança. E é essa Maria que celebramos hoje e todos os dias.
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