O desafio de colocar alimentos agroecológicos no seu prato

Outubro celebramos o Dia da Agroecologia. É um mês importante para lembrar que alimentação além de ser um direito, é essencial para um mundo mais sustentável. Especialmente no Brasil, onde o principal agravante da crise climática é a produção de alimentos, que representa 74% das emissões.

Uma solução que resolveria esse baita problema seria se governos e empresas priorizassem a agroecologia, um modelo que não usa agrotóxicos, protege o clima, gera renda e ainda coloca comida de verdade na mesa das famílias. Tudo isso, se bem observado mudaria por parte da população o hábito alimentar estabelecendo uma dieta equilibrada e ecológica.

Na verdade vai depender muito de uma tomada de atitude. Estabelecer um propósito de vida diante de toda a ameaça de uma crise climática que bate na nossa porta, cobrando de todos nós, algo que seja uma tomada de decisão para salvar o planeta. Parece algo complicado e intransponível e não é, e sim, uma opção, vejamos, existem ultraprocessados estão em toda parte, com muita propaganda e promoção. A saída para escapar das tentações, é fazer compras em feiras ou diretamente de produtores, dando preferência a alimentos agroecológicos e orgânicos da agricultura familiar.

E esta história de vida moderna, saudosismo é um escape, porque ter a consciência de uma alimentação saudável requer dedicação, inclusive, deixando de lado a troca de experiência na transmissão de práticas e receitas entre gerações que termina por favorecer o consumo de ultraprocessados.

E não é por demais discutir o efeito perverso da publicidade, diante do domínio de ultraprocessados que dominam os comerciais, atingindo principalmente adolescentes e crianças. Por isso, é crucial o diálogo sobre as funções dos anúncios em aumentar suas vendas e os direitos do consumidor.

Defender um compromisso com sustentabilidade é preciso, por final, conhecer e valorizar quem coloca comida na nossa mesa, a agricultura familiar, que é a maior responsável pela diversidade de alimentos no Brasil. Pense nisso!

Regis Cavalcante é jornalista e professor da Ufal