Os políticos, que antes manipulavam as estatais, sem poder de mando no cotidiano, agora voltam as vistas para o verdadeiro poder, que lhes dá direito a definir quanto e quantos se beneficiarão dos cofres públicos, ligando esses interesses particulares à chantagem com o governo. E assim se servem do poder.
Platão e Aristoteles discutiram o poder como forma de exercer controle sobre os outros, enquanto Thomas Hobbes o viu como necessário para manter a ordem social. O filósofo francês Rousseau defendeu que o poder deveria ser exercido para o bem comum. A democracia por outro lado, busca distribuir o poder entre os cidadãos, promovendo a participação e a igualdade.
No Brasil, estamos vivendo a fraude das emendas. O dinheiro está sendo distribuído de forma arbitrária e sem nenhum plano ou projeto. Abastece os feudos eleitorais de suas excelências que insaciáveis abocanham verbas que não servem ao desenvolvimento social. É o poder abusivo que pensa na manutenção de seus espaços políticos reforçando o ditado que “o poder corrompe”.
Essa quebra de braço entre poderes no Brasil, com a usurpação do orçamento público, acende o farol de alerta da ameaça do sistema democrático que não consegue respostas para a profunda desigualdade no país, onde uma elite formam grupos de dominação para manter seus privilégios. O poder pode ser um pesadelo e um flagelo quando mal-exercido em qualquer instância.
O fator preocupante é que não observamos sinais desta casta dirigente em estancar esta sangria orçamentária. Vamos ter que acompanhar de perto, atentos, para este contexto histórico e cultural que formata esta estrutura política e econômica nesta relação perversa de poder e sua relação com a sociedade. Afinal, a nação não será forte com este tipo de dominação, que caminha para tiranizar e dominar os seres humanos.
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