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Qual a saída?

  • Foto do escritor: Ivan Alves Filho
    Ivan Alves Filho
  • 30 de abr.
  • 2 min de leitura



Diariamente - ou quase -, a imprensa brasileira vem estampando escândalos econômicos de toda natureza. Isso é muito preocupante. Para as finanças públicas, naturalmente; mas, também, para a política e a ética. A associação com episódios de corrupção anteriores é quase automática e atinge em cheio o governo Lula. Com pouco mais de dois anos de existência, o governo caminha melancolicamente para o fim. Infelizmente, eu escrevi, quando da montagem ainda do seu gabinete ministerial, em 2022, que Lula da Silva não tinha projeto de nação e sequer projeto de governo. Possuía somente um projeto de poder pessoal. E que sua gestão não tinha como dar certo. Sempre foi assim, isto é, a busca pela perpetuação pura e simples no poder. Só que agora a fórmula está esgotada. 

Há pouco tempo, um deputado do partido conservador União Brasil, que tem três ministros no atual governo, esnobou o presidente da República, recusando um ministério, o das Comunicações, e isso logo após ter se comprometido em assumi-lo. Decisão mais simbólica do que essa, impossível. Como se dizia antigamente, ele chutou o pau da barraca e foi cuidar da vida. Sintoma de que alguma coisa não vai bem, para dizer o mínimo. 

O Campo Democrático precisa se unir em torno de um projeto de nação. Ainda há tempo. E, sobretudo, este campo não deve ceder à visão um tanto quanto rasa de que, sem Lula da Silva, mergulharemos nas trevas. Ao contrário: estaremos palmilhando o caminho das trevas se continuarmos nessa toada, nesse descalabro administrativo e nessa falta de rumos. Não é verdade que a alternativa ao lulismo seja a extrema direita ou o golpismo. Não é oito ou oitenta. O Brasil  é maior do que isso. O país tem instituições funcionando. E as Forças Armadas simplesmente não estão dispostas a nenhuma aventura mais. Provaram isso quando se recusaram a aderir à baderna do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília. 

Tudo indica que Jair Bolsonaro não será candidato. No momento, não creio que a extrema direita tenha condições de lançar outro nome eleitoralmente viável. Também não há certeza se Lula da Silva sairá candidato. Muita água vai rolar ainda por debaixo da ponte. O mais provável, contudo, é que, na ausência de um Campo Democrático forte, talvez desponte na cena político-eleitoral um conservadorismo democrático (sim, existe), como opção tanto ao bolsonarismo quanto ao petismo. Difícil citar nomes, vai depender dos vaivéns da política, mas espaço político há. 

Seja como for, o momento pede a união de todos os democratas em torno de um projeto de nação. Isso já aconteceu em 1955 (JK-Jango, Plano de Metas), em 1961 (na Campanha da legalidade, garantindo a posse de Jango Goulart, que propôs as chamadas Reformas de Base), em 1984-5 (com a Frente formada em torno de Tancredo Neves) e em 1992-1994 (com a posse de Itamar e a apresentação do seu Plano Real). 

Aqueles que se identificam com esses períodos da vida brasileira precisam começar a agir. Há espaço para novas alianças e novos nomes no Campo Democrático.

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